sábado, 22 de março de 2008

Jornada nas Mercedes

Eu pego ônibus todos os dias para ir para o trabalho e para voltar, salvo situações em que meu pai empresta o carro dele ou quando eu volto de carona com algum amigo.
No ponto em que eu pego a condução para ir para o trabalho, passam os ônibus que vão para o Itaim, para o Sesc e, o que eu pego, para Mogi. Seguindo a lei de Murphy de que sempre a fila ao lado anda mais rápido, parece que sempre tem mais ônibus para os outros destinos do que o meu. Às vezes chega ao cúmulo de passarem dois ônibus para o Itaim antes de passar um para Mogi.
De tanto esperar o meu ônibus para ir para o trabalho eu fico feliz em vê-lo até mesmo quando eu não preciso dele, hoje eu estava de carro, e passei ao lado do ponto e lá vinha a condução que eu tanto espero durante a semana, senti alegria ao vê-lo e só depois me veio à mente que além de estar de carro eu não estava indo para o trabalho, então não havia significado algum essa exaltação em vê-lo.
Adoro ler nas viagens ao trabalho, mas confesso que por vezes passo mal. Depende muito da habilidade do motorista e de quanto está aprumado meu labirinto. Quando não tenho nada para ler ouço algum podcast no mp3 player ou mesmo alguma música que eu nunca tenha reparado muito na letra, ou que queira aprender a cantar ou tocar. Gosto de me sentar na janela e ver o cenário passando em alta velocidade, ver as pessoas, o comércio, às vezes dá até para flagrar alguma coisa engraçada para alegrar o dia ao contar aos amigos. Nem sempre tem lugar na janela, na ida é praticamente garantido o meu lugar, mas na volta é mais difícil, foi numa dessas vezes que eu me sentei no lado do corredor que eu reparei que os protetores dos parafusos no teto dos ônibus são idênticos às balas Mentos, tanto na forma e tamanho quanto na cor, branca, não estou falando de Mentos sabor morango ou algo assim.
Falando na volta, existe ainda um outro processo, não basta a alegria de ver o ônibus chegando ao ponto, também tenho que verificar se existe algum lugar para eu me espremer dentro, não tenho aversão ao contato humano, mas às vezes, por problemas de física, a porta se fecha comigo do lado de fora. Pelo menos agora que eu estou usando lentes de contato no grau certo eu consigo enxergar que ônibus está vindo.

3 comentários:

Anônimo disse...

O texto ficou bem da hora tendo em vista que o ônibus é tão comum, mas faz diferença na vida eu acho de quase todos rsrs... legal a parte do mentos rs teh mais amiguinho!!

Ludmila disse...

Só faltou você falar que os protetores dos parafusos também tem "sabor" idêntico às balas Mentos, huahuahauha. Brincadeirinha!
Beijokas

Fernando Shoiti Schatzmann disse...

Ia ser um detalhe meio bizarro...