sábado, 19 de julho de 2008

Arte imitando a vida

Perguntei à Deus como poderia descrever o amor de uma forma que eu pudesse entender e Ele me disse que o amor é como um desenho em uma folha de papel, que seria o coração.

Ao desenhar eu posso deixar o traço muito marcado na folha, arranhá-la com o grafite do lápis em um traço, seja por descuido ou pela certeza de que é um traço definitivo, sendo que, quando preciso apagar o desenho, depois de ver que ele não está certo, ainda restam marcas, resto de grafite em sulcos, borrões e o único jeito de apagar é passar a borracha até que a folha se rasgue. Assim é o amor que deixa marca, se precisamos apagar mesmo alguém, isso nos causa dor e sofrimento e uma cicatriz como lembrança, mas o coração, diferente da folha de desenho pode se refazer e encontrar a paz, um dia consegue voltar a ser a velha folha em branco.

Algumas vezes podemos traçar um desenho com leveza nessa folha, de modo superficial, o desenho em si está todo lá, mas nunca será uma obra de arte, não tem expressão de um impacto visual marcante, nenhum traço levou consigo a certeza de estar no lugar certo, e todo esse desenho pode ser apagado sem deixar marcas, deixando a folha intacta.

Eu não entendo muito dos mistérios do coração e do amor, mas entendo de desenho, por isso eu recebi a mensagem dessa comparação, então entendo que um desenho bem feito, uma verdadeira obra-prima não pode ser apressada, precisa surgir de um momento de inspiração no qual não temos controle de quando ou como virá, apenas surge, e quando esta inspiração surgir a primeira coisa a fazer é o esboço com leveza para que eu saiba como poderá ser desenho, todas as suas nuances captadas no momento para que aí então eu começo para que ele seja permanente na folha em branco que é o coração.

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