terça-feira, 16 de outubro de 2007

Caminho de casa
Escuridão entremeada pelas luzes cegantes
O barulho do ônibus, suas partes soltas se chocando
Penso nas possibilidades e no preço a pagar por elas
Nessas horas todas as músicas parecem falar do coração
Não sei por quanto tempo eu durmo, nem sei se cheguei a sonhar
Chego à minha cidade, triste, úmida, trabalhadores cansados
Desço à calçada e sinto o vento a me envolver
Ouço o farfalhar das folhas das árvores, todas agitadas, dançando
Abro meus braços e sinto o vento soprar por meus dedos
O ar gélido da noite a chocar com o sangue fervilhando
Pelo menos a ansiedade se foi
E o que fica é a esperança

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