sábado, 27 de outubro de 2007

Tava fuçando nos meus backups, que pelo jeito guardam mais coisas que a minha memória e achei um poema, escrito sabe-se lá quando, talvez tenha escrito num período sem blogs, pelo conteúdo parece que eu estava meio depressivo, com dor de cotovelo ou as duas coisas. Não descarto a idéia de estar apaixonado por alguém quando escrevi isso, é possível... mas realmente não me lembro para quem eu escrevi. Vou publicar ele aqui, quem sabe um dia eu lembre:

Página Virada

Um refúgio das memórias tempestuosas me abriga
Além das íris dos olhos que nunca verei
Nesta sina carregada para toda a vida
Alguém que poderia ser e que nunca serei

Uma página que foi virada e nunca voltará
Deixado ao relento da noite para perecer
O livro para sempre fechado
E fechado deverá para sempre permanecer

Sobre ti nada sei
Somente vagos nuances avistei
Nunca sei de que porto rumar
Pois temo me perder nesse mar

Pega-me desprevenido
No mundo onde tudo é como um quadro de Dalí
Onde tenho forças para me vencer

E te abraçar até o dia amanhecer

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